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Retrospectiva

Antes de começarmos a falar sobre as tendências para o comércio exterior em 2022, precisamos, antes de mais nada, entender o contexto atual e analisar os últimos anos, que foram muito atípicos. 

Em 2021 já foi possível perceber alguns pontos positivos para o comex brasileiro, em compensação também tivemos alguns pontos negativos. 

Começando pelos pontos negativos, em 2021 pudemos perceber diversos problemas relacionados à logística, infraestrutura e o encarecimento do frete internacional, que acabou atingindo níveis recordes. Isso acabou por aumentar o preço de diversos produtos para o consumidor final. 

Em contrapartida, podemos destacar como principais pontos positivos as ações governamentais para desburocratizar e digitalizar os processos de importação e exportação (tendência que deve permanecer em 2022). Além disso, outro ponto importante foi a redução de tarifas, principalmente o Imposto de Importação (II), para muitos itens em diferentes setores como placas solares, bicicletas, pneus e também produtos relacionados ao uso farmacêutico e hospitalar para combater a pandemia causada pelo Coronavírus.

Principais tendências abrangentes

Agora que você já entendeu o contexto atual, podemos incluir nesse cenário outros fatores como inflação, taxa de juros, cenário econômico internacional e até mesmo a guerra entre Rússia x Ucrânia que apresenta impactos significativos.

Ao misturar esses fatos, podemos fazer algumas previsões e imaginar como o mercado internacional e o comex brasileiro irão se comportar. Nesse sentido, é de se esperar que em 2022 o preço de commodities e taxas de câmbio comece a se equilibrar, podendo gerar um impacto negativo na exportação brasileira de alguns itens. Por exemplo, commodities como minérios de ferro.

Em compensação, no setor agrícola, é possível prever que a demanda por soja no mundo irá aumentar, o que pode ajudar nas exportações brasileiras. Quem lidera esse movimento de compra de soja é a China, o principal parceiro comercial do Brasil em relação à exportação de soja.

Agora, analisando o cenário de importação brasileira, podemos esperar uma alta na importação de alguns produtos. Seguindo a tendência que já aconteceu em 2021, a ideia é fugir dos problemas devido aos altos índices da inflação interna. 

Mas quem está pensando em importar deve ficar ligado, pois os efeitos da crise logística de 2021 (a escassez de contêineres, o congestionamento dos portos e até o preço do frete marítimo) ainda persiste em 2022 e deve continuar impactando o comércio mundial e, consequentemente, o brasileiro. 

Principais tendências específicas

I) Desburocratização

Durante muitos anos, profissionais do Comércio Exterior sonharam com as medidas de desburocratização propostas pelo Governo. Desde 2014 com o lançamento do Portal Único as medidas de simplificação vêm se intensificando e oferecendo aos players maior transparência, previsibilidade, redução de tempo e, consequentemente, de custos para as operações. Desde 2019, com a chegada do coronavírus, essas medidas vêm sendo antecipadas em caráter de urgência pra atender a necessidade digital dos lockdowns realizados a nível mundial.

II) Novo Processo de Importação, CCT e OEA

Para alcançar esses objetivos os processos de importação e exportação foram redesenhados: o Novo Processo de Exportação já está concluído e o Novo Processo de Importação aos poucos mostra seus resultados.

Em 2021 testemunhamos a implementação da DUIMP também para empresas que não são OEA e os primeiros testes do Controle de Carga e Trânsito (CCT) para importação aérea que deverão ser lançados pelos agentes de carga e companhias por meio de API.

Com a expansão do Novo Processo de Importação (NPI) espera-se ainda mais melhorias no sentido de desburocratização da área, o que proporcionará mais eficiência operacional, segurança e controle — sendo uma grande tendência para o Comércio Exterior em 2022.

A atualização mais recente referente à DUIMP, no ano passado (2021), foi a possibilidade do despacho antecipado para empresas que são certificadas como Operador Econômico Autorizado.

Em razão disso, é também uma tendência que cada vez mais empresas busquem pela certificação OEA e se tornem parceiros confiáveis da Receita Federal do Brasil, isso garante mais segurança, integração, controle de riscos, facilidade e simplificação no despacho aduaneiro para empresas certificadas e benefícios em diversas aduanas do mundo.

III) Comex 4.0

Denominado “Comex 4.0” as consequências da 4ª revolução industrial para o Comércio Exterior foram realizadas com tecnologias já disponíveis no mercado, como: Automatização de processos, inteligência artificial, internet das coisas, blockchain e Big Data. Com o uso das tecnologias citadas, perceberemos em 2022 uma maior integração das cadeias produtivas e um comércio cada vez mais ativo e com mais facilidades comerciais.

Em 2021, foram feitos investimentos (públicos e privados) na área de tecnologia a fim de desburocratizar os processos e tornar o comércio exterior brasileiro cada vez mais eficiente. A utilização do Portal Único Siscomex, que reúne todas as informações, o blockchain que vem ganhando força principalmente nas transações de grandes empresas e a digitalização de documentos irão facilitar cada vez mais a vida dos operadores do comércio exterior no Brasil.

IV) Eleições 2022

Os desafios enfrentados em 2021 devem continuar e ser ainda mais voláteis em 2022 visto que passaremos por um ano de eleição presidencial. O panorama político terá grande relevância com reflexo na economia e câmbio. O dólar tem grande tendência de aumentar consideravelmente neste novo ano, segundo especialistas pode chegar até R$6,00. 

V) Comex volta ao normal no segundo semestre?

Até pouco tempo, acreditava-se que o caos no comércio internacional gerado pela forte alta no custo dos fretes internacionais, aliada à grave escassez de contêineres deveria se normalizar no início do segundo semestre de 2022.

No entanto, com a recente guerra entre Rússia x Ucrânia essas previsões se tornam cada vez mais incertas.

A gigante de contêineres, Hapag-Lloyd, já alertou que a crise de transporte global de contêineres pode se estender até o ano que vem.

VI) Inovação: Navio elétrico vem aí!

O primeiro navio de contêineres totalmente elétrico e de autodireção do mundo, de propriedade da fabricante de fertilizantes Yara, está se preparando para navegar na costa sul da Noruega e desempenhar seu papel nos planos do país de limpar sua indústria das emissões de carbono. 

O navio é o Yara Birkeland, que possui 80 metros de comprimento e deve substituir o transporte de caminhões entre a fábrica da empresa Yara em Porsgrunn, no sul da Noruega, e seu porto de exportação em Brevik, a cerca de 14km de distância, a partir de 2022. 

Ele deverá cortar cerca de 1.000 toneladas das emissões de carbono por ano, o que equivale a 40.000 viagens movidas a diesel, e espera-se que ele seja totalmente autônomo em dois anos. 

O navio irá carregar e descarregar sua carga, recarregar suas baterias e também navegará sem envolvimento humano. Os sensores serão capazes de detectar e entender rapidamente objetos como caiaques na água para que o navio possa decidir que medidas tomar para evitar bater em qualquer coisa. 

Esperamos que esse conteúdo tenha lhe ajudado a tirar bons insights pros seus planos futuros. Tratando-se de importações/exportações é sempre muito importante estar atento às tendências e a economia global.

Por isso, é importante focar no que sempre trazemos de recomendação por aqui: Planejamento. Mais do que nunca se mostra essencial realizar estudos de viabilidade – logística e econômica – para o seu negócio e suas operações.

A Quality Logística é especialista nisto. Caso você tenha alguma dúvida, ou precise de suporte para realizar sua importação, entre em contato conosco. 

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